Há uns quatro anos, quando Charly Coombes and the New Breed
(banda do irmão do vocalista do Supergrass, Gaz Coombes) tocou no John Bull, em
Florianópolis, ficou muito clara a facilidade que os ingleses têm para fazer
rock. Parece muito mais natural para eles pegar uma guitarra e fazer qualquer coisa
ali e essa coisa qualquer fazer todo o sentido. Sábado passado aqui em Buenos
Aires eu tive uma sensação parecida ao finalmente sair de casa para ver uma das
várias bandas argentinas que eu gosto, a Fiesta.
Eu já tinha falado dela no finado blog, onde todo mês
postava um vídeo de uma banda daqui, e ao vivo é um negócio realmente
impressionante. E não por mérito exclusivo deles, que são de fato excelentes,
apesar de ainda desconhecidos do público local, mas também do lugar. O La Oreja
Negra é um centro cultural onde rola de tudo, incluindo shows de rock quase todas
as noites, tem uma estrutura e uma acústica perfeitas, além de aparentemente
contar com técnicos de som que sabem o que estão fazendo. Isso tudo resulta num
negócio caprichado e idêntico ao que a gente escuta no Spotify quando procura
Fiesta por lá. Não lembro qual foi a última banda (estamos falando do
underground) que vi no Brasil e que ao vivo soava tão fiel ao que era feito no
estúdio.
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